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   Epitáfio é uma inscrição escrita em túmulo, lápide ou monumento funerário, feita para lembrar, homenagear ou resumir a vida, o caráter ou a esperança de quem morreu. Esse tipo de inscrição geralmente é curto e pode ser religiosa, poética, filosófica ou biográfica.

   No caso da música “Epitáfio”, dos Titãs, trata-se de uma reflexão sobre arrependimento, finitude e consciência tardia da vida. A ideia central é a de alguém que gostaria que algo estivesse escrito em sua própria lápide. Trata-se de uma confissão. O morto olha para trás e percebe que viveu menos do que poderia, especialmente no que diz respeito a sentir, amar, arriscar e aproveitar. Ele reconhece que deixou coisas importantes de lado; a vida passou rápido, e a consciência veio tarde. Foi uma vida não vivida plenamente. Assim, é diante da finitude humana e da morte que a verdade sobre a vida fica clara.

   Embora não haja revolta nem desespero, mas apenas um lamento silencioso, essa é uma música desesperadora, porque não traz esperança, muito menos transcendência. É uma música que dialoga com ideias do existencialismo.

   A música “Epitáfio” faz uma crítica indireta ao capitalismo de forma existencial. A crítica aparece quando retrata alguém que, ao fim da vida, percebe que viveu pouco para si por causa do trabalho e da produtividade, que ocuparam o lugar da vida vivida, consumindo o tempo com obrigações e trocando o valor da pessoa pelo desempenho, e não pela experiência humana. Enfim, a vida que deveria ser vivida foi adiada para “depois” — e o “depois” não chegou.

   Portanto, não aproveitar o presente, não sentir o suficiente, não viver com intensidade, não fazer o que queria enquanto havia tempo são confissões que refletem exatamente o efeito do capitalismo moderno sobre o indivíduo, ou seja, a vida adiada em nome da eficiência.

   Mas é muito curioso que, nesses grupelhos, a crítica recaia sempre em cima do capitalismo, enquanto o comunismo-socialismo, como entidades quase invisíveis, nunca aparece denunciado como grande escravizador e opressor do povo.

   Não poderia ser diferente nas letras dos Titãs, que, em geral, são esquerdistas, pois a banda tem histórico de posições progressistas/à esquerda, sobretudo em críticas ao autoritarismo, ao conservadorismo moral e à desigualdade — mas não forma um bloco ideológico rígido, já que os integrantes pensam de maneira diferente entre si.

   Embora essa música funcione como um alerta aos vivos, ela não traz esperança de forma alguma, pois é fato que as pessoas não vão trabalhar menos nem ver o nascer e o pôr do sol e as belezas da vida; e quem conseguir fazer isso o fará muito pouco, a ponto de ter o mesmo destino do epitáfio da música.

   Então, o que resta? Como não se pode esperar muito da mente dos integrantes dos Titãs, obviamente eles não irão trazer uma mensagem de transcendência que gere esperança.

   Epitáfio deve ser colocada em contraste com a visão cristã. Não estou falando de religião ou de frequência em cultos para solucionar o problema de Epitáfio.

   É fato histórico irrefutável que, enquanto “Epitáfio” expressa arrependimento sem redenção, a fé cristã afirma que o arrependimento por uma vida pouco ou mal vivida não é o fim, mas o começo. Em Cristo, o passado pode ser redimido, pois o “epitáfio” final não é fracasso, mas esperança de ressurreição. E aqui mora o grande ponto: a certeza da imortalidade por meio da ressurreição. Mas o fato é que vivemos cercados de pessoas incrédulas. Mesmo os espíritas e outros grupos que dizem crer na vida após a morte caíram no canto da sereia da música Epitáfio. Essas pessoas dizem que a vida é uma só.

   Mas, se a certeza da imortalidade, por meio do conhecimento da ressurreição de Cristo, estiver impregnada na pessoa, não há espaço para desesperança. A ressurreição de Jesus Cristo é o fato mais bem documentado da história humana. O problema é que os sabidões de nosso tempo acham que podem refutá-la por não crerem.

   Mas, deixando a ressurreição de Cristo um pouco de lado, pelo menos meu leitor deve crer em Deus. E a crença na existência de Deus é o grande pressuposto para derrubar a mensagem pessimista da música Epitáfio. E uma coisa não há na música: Deus. Há, inclusive, uma parte da música que é a negação de Deus:

"O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar"

   Esse trecho mostra que a vida não segue um plano garantido, pois muitas coisas decisivas dependem de oportunidades que passam, e esperar demais é arriscado — porque o acaso não avisa — e, quando se percebe, o tempo já foi.

   É nesse suposto “acaso” que reside a tolice da música. O “acaso” toma o lugar de Deus. Há, em toda a música, uma sensação implícita de que não há Deus. Se os compositores da música creem na existência de Deus, o conteúdo da mesma mostra o contrário.

   Enfim, para resumir, Epitáfio é uma música que não traz esperança, nem para esta vida, muito menos para a outra. Enquanto a história mostra que aqueles cristãos que mais trabalharam pelo próximo foram os que mais viveram intensamente nesta vida, porque tinham a certeza da outra vida por meio da ressurreição dos mortos, Epitáfio mostra uma pessoa que deveria viver como um egoísta, tudo para si, seja um pôr do sol bonito ou uma intensidade maior. Mas um sujeito assim não pode amar, porque tem a desculpa da vida corrida que o impede. Porém, quem de fato quer viver intensamente o faz com o pouco que tem.

   Se temos Deus como pressuposto, enquanto os ateus têm o pressuposto de que não há Deus, podemos viver, perder, não aproveitar e, ainda assim, usufruir da realidade de uma eternidade com Deus.

   Ouvindo essa música, o leitor terá um epitáfio garantido e poderá cantar:

"Eu deveria ter ouvido menos Epitáfio e mais a voz de Deus".

   Pois:

   "Para o homem não existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho. E vi que isso também vem da mão de Deus".
                                                                     - Eclesiastes 2:24

   E disse Jesus:

"Sem mim nada podeis fazer".
                                   - João 15:5

   Tenha um bom epitáfio em Cristo, pois, no final, restará apenas você e Deus. O grande segredo da felicidade é temer a Deus:

   "Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e guarde os seus mandamentos, pois isso é o essencial para o homem.
   Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mal.
                                                   - Eclesiastes 12:13,14

                             * Saiba mais sobre o autor clicando aqui

 

 

  

 

A Música "Epitáfio", dos Titãs, e sua falta de Transcendência
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Por César Francisco Raymundo*